Descrição
Trinta anos depois, eis que surge no Brasil a primeira edição de Depois de Babel, dolingüista francês George Steiner.Nesta forma tradicional de iniciar uma resenha, tão inocente quanto pareça esta frase,ela contém vários problemas: no caso de Steiner, como definir lingüista, francês e primeiraedição?Em primeiro lugar, é difícil caracterizar Steiner como lingüista. E a questão nãoestaria resolvida mesmo que tivéssemos escrito crítico literário, jornalista ou professor.Estamos aqui diante daqueles intelectuais que usam seu objeto central de estudo comoum instrumento, à maneira de um par de óculos com o qual percebem o mundo, comodiria Gadamer. Para um intelectual desta cepa, o estudo, no caso de Steiner, da literaturaé válido em primeiro lugar por permitir apropriar-se do significado do mundo e de suasreferências. (Continua...)