Descrição
Este trabalho pretendeu apurar informações sobre programas de TV com conteúdos religiosos postos nas grades de três emissoras brasileiras (Globo, Record e SBT), fazendo um comparativo entre o que era apresentado nos sites dessas emissoras em 2010 e atualmente (2015). A intenção foi buscar demonstrar a forte presença das religiões na mídia televisiva aberta, principalmente, das Igrejas Neopentecostais e Católica, e como elas têm formado uma hegemonia que marginaliza os demais seguimentos e, em especial, as religiões de matriz africana. No desenvolvimento do trabalho dois aspectos principais foram abordados, o primeiro é o proselitismo dessas religiões dominantes na TV; e, o segundo, é o processo de demonização que sofrem as religiões afro-brasileiras através da televisão, chegando até as relações sociais. Para melhor entendimento, os dados coletados foram organizados em tabelas, apresentadas nesse trabalho. Posteriormente, foi realizada a análise dos dados coletados, buscando a associação com as discussões teóricas existentes sobre o assunto. Como conclusão foi possível confirmar a invisibilidade sofrida pelas religiões de matriz africana, assim como, as constantes situações de intolerância e discriminação a qual estão expostas estas religiões. Além disso, ficou clara a fragilidade do Estado em relação à necessidade de garantir o direito à diversidade religiosa nos espaços de comunicação de massa como a televisão, e ainda a inoperância frente ao acumulo de poder de seguimentos religiosos majoritários por meio da mídia televisiva.