Descrição
Marcadas pelo forte investimento na relação entre arte e cotidiano, diferentes obras contemporâneas privilegiam a ação banal, o comum, o habitual e o anônimo como os elementos-chave para a experiência com as imagens. Este artigo tem por objetivo repensar a relação entre experiência estética e cotidiano em instalações artísticas contemporâneas, a partir da obra Sleepwalkers (2007), do artista americano Doug Aitken. Trata-se de refletir sobre o modo como a obra de Aitken evidencia alguns dos principais desafios que o cinema de exposição propõe hoje no campo da arte, tomando como eixo central as telas múltiplas e as narrativas lacunares ou rarefeitas. Interessa a relação da obra com a cidade e com o espectador, convidado a habitar a imagem de modo a experienciá-la em sua condição de presença no mundo.