Descrição
In order to be conceived as ‘art’, the ethnographic heritage reenacted to the European eyes as “arts prémiers” must have its “authenticity” attested by a specific set of values. The paper analyses the axiological grammar, as proposed in the work of Nathalie Heinich, from a perspective of the sociology of value, leading the objects of heritage to be perceived as “arts prémiers” in Europe, and particularly in the case of the Musée du quai Branly, in France. Considering a revision of the references used to think authenticity in the field of Museology and Heritage, the paper proposes an axiological perspective to investigate patrimonialization and musealization as social processes.||O patrimônio etnográfico, reapresentado aos olhos europeus como “artes primeiras”, para ser pensado como “arte”, deve ser “autentificado” por um conjunto de valores específicos. O artigo analisa, do ponto de vista da sociologia dos valores, a gramática axiológica, como proposta na obra de Nathalie Heinich, que leva objetos do patrimônio a serem percebidos como “artes primeiras” na Europa, e particularmente no caso do Musée du quai Branly, na França. Considerando uma revisão dos referenciais utilizados para pensar a autenticidade no campo da Museologia e do Patrimônio, o artigo propõe a perspectiva axiológica para investigar a patrimonialização e a musealização como processos sociais.