Descrição
O grito é uma ação presente no cinema silencioso desde os seus primórdios, quando os ambientes cinematográficos eram caóticos e carregados de todo tipo de som. No crepúsculo do cinema silencioso nos anos 1930, o grito converge para dentro dos filmes, em representações existencialistas. A partir desta metáfora e de uma aparelhagem conceitual retirada da “Audiovisão” de Michel Chion, analisaremos dois casos extremos da relação entre cinema silencioso e cinema sonoro: o ubiquidade sonora e espacial em Ivan o terrível, de Eisenstein, e o som que ratifica o silêncio em Moana with sound, versão sonorizada do clássico mudo de Robert Flaherty.