Descrição
Através do uso de imagens de arquivo privadas (registros caseiros do começo da utilização do VHS), os curtas-metragens do realizador cearense Salomão Santana retiram o passado do seu invólucro confortável de mero “patrimônio” acumulado e estabelecem com ele uma relação de choque e estranhamento, trazendo para primeiro plano a influência melancólica e perturbadora de seus tons atmosféricos. Este artigo pretende enxergar melhor a maneira pela qual esse gesto se efetiva sobretudo a parir de duas operações: a montagem e a exploração dos aspectos pictóricos da imagem.