Descrição
Desde 2000 a democracia peruana transitou sem problemas por quatro processos eleitorais subnacionais e quatro processos presidenciais. Não obstante, é considerada como um dos casos de maior fragmentação política na região. Efetivamente há uma forte separação entre os atores, a dinâmica política e os resultados eleitorais nacionais e subnacionais. Os partidos nacionais quase desapareceram nas regiões que, progressivamente, se transformaram em espaços controlados por movimentos regionais pouco articulados entre si. No entanto, uma análise mais detalhada mostra que dois partidos relativamente recentes, o Força Popular (Keiko Fujimori) e o Aliança para o Progresso (César Acuña) estão desenvolvendo estratégias sustentadas, mas diferentes, de construção partidária. Este artigo explora esses desenvolvimentos e propõe algumas hipóteses explicativas. ||Since 2000, Peruvian democracy has gone through four sub-national electoral processes and four presidential elections. Yet, Peru is still considered to have one of the most politically volatile and fragmented political systems in the region. This is due in part to the considerable distance between the players in the game, the political dynamics and the local and national electoral results. Nationallevel parties have nearly disappeared in Peru’s 25 separate political regions, and have been replaced largely by regional movements loosely linked to each other. However, a more detailed analysis suggests two relatively recent parties, Fuerza Popular (Keiko Fujimori) and Alianza para el Progreso (César Acuña) are developing more sustained − albeit different − strategies for party construction with serious prospects for national-level representation. This article explores these developments and proposes some explanatory hypotheses in this respect