Descrição
Este artigo, parte integrante de um estudo de maior envergadura já concluído, trata da hierarquia e da disciplina em uma organização da Marinha do Brasil na primeira metade do século XX. Aqui, entretanto, esses elementos tão caros à vida militar não são analisados tendo-se como palco a caserna ou o convés. Em vez disso, procuramos seguir os passos dos jovens recrutas da Escola de Aprendizes-Marinheiros da Bahia para além das grades da instituição. Na flor da idade, simultaneamente expostos e protegidos pela farda que vestiam, encontramo-los nos bares, praças e bordeis da cidade. Na companhia de novos amores ou pelejando contra grupos rivais, a busca era por uma liberdade da qual não gozavam quando aquartelados e que, muitas vezes, também lhes era suprimida nas folgas. Driblar a vigilância dos superiores era, assim, apenas mais uma lição da vida naval que se iniciava