Descrição
O presente trabalho analisa o documentário Itão kuegü: as hiper mulheres (2011), de Takumã Kuikuro, Carlos Fausto e Leonardo Sette, a fim de refletir a maneira pela qual o cinema documental vem abordando expressões culturais de grupos indígenas, particularmente, no que diz respeito a tensão existente entre a representação cinematográfica documental de cunho etnográfico e o registro de fenômenos culturais centrados no conceito das poéticas orais. Em seguida, examinamos questões acerca do erotismo representado pelo documentário no sentido de problematizar as estratégias de autorrepresentação indígenas, entre elas o feminino, inscrito por meio de antinomias como erotismo/norma sexual e narrativas ficcionais/registro documental.