Descrição
Neste artigo analisaremos as convergências axiológicas entre as filosofias de Espinosa e de Nietzsche como expressões de uma compreensão imanente da vida e das suas qualidades intrínsecas, e de que modo a questão dos afetos perpassa as teorias de ambos os autores. Pretendemos demonstrar que a noção de potência de agir, disposição amplificada pelas interações alegres realizadas no cotidiano também encontraria um tônico vital para o seu constante crescimento a partir da capacidade humana de esquecer as impressões afetivas desagraveis; desse modo, favorece-se uma contínua abertura existencial para o novo mediante a supressão do ressentimento e de afetos depressivos da potência de agir.