Descrição
This article reflects on the languages constructed about black culture at the time it integrated the educational practices of the Édison Carneiro Folklore Museum from 1968 to 1982. Through an investigation and analysis of newspapers and the inauguration speech of the museum, our intention was to show how the institution represented in its educational practices, in view of its relationship with schools, a social imaginary about Brazilian black culture. Our study identified that in those actions, the museum actively participated in a nation project in which students learned that the African matrix culture was part of a nation born of three races where there was no ethnic-racial conflict. And so, understanding that museums participate in the political game of their time, we seek to highlight their importance as a tool for questioning history teaching.||O presente artigo traçou uma reflexão sobre as linguagens construídas acerca da cultura negra no momento em que ela integrou as práticas educativas do Museu de Folclore Édison Carneiro de 1968 a 1982. Por meio de uma investigação e análise de jornais e do discurso de inauguração do museu, a nossa intenção foi mostrar como a instituição representou em suas práticas educativas, frente à sua relação com as escolas, um imaginário social sobre a cultura negra brasileira. Nosso estudo permitiu identificar que, naquelas ações, o museu participou ativamente de um projeto de nação no qual os estudantes aprendiam que a cultura de matriz africana fazia parte de uma nação nascida de três raças onde não havia conflito étnico-raciais. E assim, entendendo que os museus participam do jogo político de seu tempo, buscamos destacar a sua importância como ferramenta para um ensino de história questionador.