Descrição
This article presents and reflects on artistic and formative activities developed in the theater course at UFRGS: the “Scenic Practice Laboratory B – Cabaret and Burlesque”, in connection with the “Burlêmicas – Research Group on Burlesque, Cabaret, Performance and similar” and the extension event “Burlesque: scene, body and politics”. What are the challenges and possibilities when bringing the university closer to the festive and disruptive language of cabaret and burlesque? What contributions can this flirtation bring to the training of actors, directors and theater teachers, as well as to the Brazilian burlesque scene? How to conduct a creative journey – whose main characteristic is, in addition to the short and frenetic format of the scenes, the autonomy and singularity of the artist, at all stages of the process, from conception to presentation, including production, dramaturgy, costumes, sound design, directing and acting – over the course of a semester, with a group of around 15 people? How to keep alive the critical and seductive provocation (to tease) of burlesque, creating a favorable environment so that, through engaging stripteases, the artists break standards of corporeality, sexuality, raciality, affectivity, sensuality, performativity, and relationship between artist and public? The article presents conclusions and directions from a in process research, paying attention to multiple reverberations.||Este artigo apresenta e reflete a partir de atividades artísticas e formativas desenvolvidas no curso de graduação em Teatro da UFRGS: a disciplina “Laboratório de Prática Cênica B – Cabaré e Burlesco”, em conexão com o “Burlêmicas – Grupo de Pesquisa em Burlesco, Cabaré, Performance e afins” e o evento de extensão “Burlesco: cena, corpo e política”. Quais os desafios e possibilidades ao aproximarmos a universidade da linguagem festiva e disruptiva do cabaré e do burlesco? Que contribuições esse flerte pode trazer tanto para a formação de atores, diretores e professores de teatro, quanto para a cena burlesca brasileira? Como conduzir um percurso de criação – cuja característica principal é, além do formato curto e frenético das cenas, a autonomia e a singularidade do artista, em todas as etapas do processo, da concepção à apresentação, passando pela produção, dramaturgia, figurinos, sonoplastia, encenação e atuação – ao longo de um semestre, com um grupo de cerca de 15 pessoas? Como manter viva a provocação (no inglês, to tease) crítica e sedutora do burlesco, criando um ambiente propício para que, através de envolventes stripteases, sejam questionados e burlados padrões de corporalidade, sexualidade, racialidade, afetividade, sensualidade, performatividade, e de relação entre artista e público? O artigo apresenta conclusões e encaminhamentos de uma pesquisa em processo, atento a reverberações múltiplas.
