Descrição
O processo de urbanização tem causado sérios problemas em todo o mundo, particularmente nas metrópoles, que têm enfrentado acelerado crescimento da frota, congestionamentos, acidentes de trânsito e altos índices de poluição atmosférica. No Brasil, a falta de investimento em transporte público gerou grande demanda por veículos automotores privados, e em consequência disso, ocorreu aumento dessa frota sem ações planejadas e eficazes direcionadas ao trânsito e transporte, por parte das administrações públicas, tornando o trânsito caótico, aumentando a disputa pelo espaço e a possibilidade de acidentes. Na cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, os acidentes passaram de 7.499 em 2002, para 9.267 em 2006, crescimento de 23,5%, observando que o município não possui um Plano Diretor de Transporte que oriente o modelo de urbanização e de circulação adequado à realidade local. A ausência de planejamento urbano, da gestão de políticas de mobilidade urbana e o crescimento acelerado da frota, tem aumentado os conflitos no trânsito gerando congestionamentos pontuais e crescente número de acidentes de trânsito no município, o qual utiliza a fiscalização eletrônica como ferramenta na redução do número e severidade desses acidentes. Dentro desse contexto, esse estudo propõe enfocar a fiscalização, pois a redução da gravidade dos ATs com a queda do número de feridos graves e vítimas fatais no município, permite refletir que esse resultado pode ser originário da utilização de moderadores de tráfego, que implicaria na redução da velocidade na área urbana e resultaria em acidentes com menor impacto, influenciando diretamente a queda do número de vítimas.
