Descrição
Este artigo apresenta reflexões sobre as categorias juventude e geração, estudadas no interior de uma pesquisa de doutorado, e investiga prática cultural, de cunho político e da ordem do identitário, organizada por jovens secundaristas. Trata-se da produção de jornais estudantis entre os anos de 1926 e 1937 que, na ordem da esfera pública, intra e extra-muros ginasiais, põe em evidência novas formas e novos espaços de ações individuais e coletivas da juventude; jovens que se fazem sujeitos e se fazem ouvidos em movimentos e ações de caráter cultural que se compõem de uma dimensão política à medida que criam novas propostas, alargam interesses, sociabilizam ideias e relações de poder. Segundo Lara (2008), trata-se de um tipo de participação social parcamente reconhecido dado seu formato localizado, fluido, descontínuo. Busca-se ainda, neste trabalho, levantar os desafios de se trabalhar com a temática da juventude em sua conexão com a categoria de geração e, nesta perspectiva, ampliar as possibilidades de abordagem do tema.