Descrição
Este trabalho analisa como a memória urbana e a preservação do patrimônio edificado têm sido articuladas na região de Santa Efigênia (São Paulo). Este bairro, dos mais antigos da cidade, há décadas vem sendo alvo de ações que tentaram reverter problemas sociais e ambientais por meio de políticas culturais que envolviam diretamente o patrimônio edificado. Diante da fragilidade dessas políticas, e utilizando o instrumento da concessão urbanística, a municipalidade propôs uma intervenção mais radical, pressupondo maior liberação do solo urbano para construção de novas edificações e a valorização fundiária, de modo a garantir substituição de usos e de população. Para melhor compreensão do contexto no qual se insere o tema e o campo de tensão criado, estamos considerando a atuação dos órgãos preservacionistas, dos movimentos sociais e da Prefeitura Municipal de São Paulo. Assim, pretendemos compreender qual papel atribuído à memória e às políticas preservacionistas nos processos de intervenção urbana nas metrópoles contemporâneas, analisando o caso específico do centro da cidade de São Paulo.||This article aims to analize how the urban memory and preservation of built heritage has been articulated in the region of Santa Ifigênia (São Paulo). This neighborhood, one of the oldest in the city, for the last decades has been the target of actions that tried to reverse social and environmental problems through cultural policies involving directly the built heritage. For better understanding, we are considering the performance of conservationists, social movements and of the group that comprises the Nova Luz consortium, who was hired by PMSP to design a radical intervention in the area. By this way, we want to understand what role assigned to the policies of urban intervention processes conservationists in the contemporary metropolises, analyzing the case of São Paulo.