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“This our Portugal”: Literature, identity and nation in Memórias do Cárcere, by Camilo Castelo Branco||“Este nosso Portugal”: literatura, identidade e nação nas memórias do cárcere, de Camilo Castelo Branco
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Metadados
Descrição
The concept of representation, according to Chartier, is based on two distinct realities, but which interpenetrate each other. One concerns collective identities, rites, the ways in which social institutions are based. The other refers to the identity of the subject, the forms of individual display and the evaluation of that individual by the group. If representing means giving visibility to the other, historically, it has also meant silencing the other. Literature as an instrument for questioning dominant representations, obviously, also projects, maintains and subverts individual and collective identities. In his Memórias do Cárcere, Camilo Castelo Branco, very attentive to the contradictions of the liberal and capitalist State, demonstrated the constant debate between conservative forces and individual rights. From the point of view of the excluded, the Portuguese writer presents an overview of Liberalism in the Portugal of Regeneration, but always permeated by impressions, imaginations, and a lot of irony. When writing about the route of his escape to the interior of the country and about the period of his imprisonment in the Cadeia da Relação, in his Memoirs, Camilo also questions and discusses various literary representations of the Portuguese homeland and its people.||O conceito de representação, segundo Chartier (1998), se pauta em duas realidades distintas, mas que se interpenetram. Uma diz respeito às identidades coletivas, aos ritos, aos modos em que as instituições sociais se fundamentam. A outra se refere à identidade do sujeito, às formas de exibição individual e à avaliação desse indivíduo pelo grupo. Se representar significa dar visibilidade ao outro, historicamente, também significou silenciar o outro. A literatura como instrumento de questionamento das representações dominantes, obviamente, também projeta, mantém e subverte identidades individuais e coletivas. Em suas Memórias do Cárcere (1862), Camilo Castelo Branco, muito atento às contradições do Estado liberal e capitalista, procurou evidenciar o embate constante entre as forças conservadoras e os direitos individuais. A partir do ponto de vista dos excluídos, o escritor português apresenta um balanço, do Liberalismo no Portugal da Regeneração, mas sempre atravessado por impressões, por imaginações e por muita ironia. Ao escrever sobre o percurso de sua fuga para o interior do país e sobre o período de sua reclusão na Cadeia da Relação, em suas Memórias, Camilo também interpela e discute várias representações literárias da Pátria portuguesa e de sua gente.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Castro, Andreia Almes Monteiro de
Data
6 de março de 2024
Formato
Identificador
https://periodicos.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/18762 | 10.58943/irl.v1i57.18762
Idioma
Direitos autorais
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Fonte
ITINERÁRIOS – Revue de Littérature; No 57 (2023): AFETOS, DIÁLOGOS E RESILIÊNCIAS: A literatura portuguesa e as literaturas de língua portuguesa no mundo pós-pandemia | ITINERÁRIOS – Revista de Literatura; n. 57 (2023): AFETOS, DIÁLOGOS E RESILIÊNCIAS: A literatura portuguesa e as literaturas de língua portuguesa no mundo pós-pandemia | 0103-815X | 10.58943/irl.v1i57
Assuntos
Nação | Identidade | Literatura Oitocentista | Camilo Castelo Branco | Nation | Identity | Nineteenth-Century Literature | Camilo Castelo Branco
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion