Descrição
This text compares two ways of writing avant-garde poetry. The one that was materialized from the Semana de Arte Moderna as a modernist avant-garde and the one that was formulated from the concretism. It analyzes two poems by two authors, Mário de Andrade and Haroldo de Campos, who marked with their work and with their propedeutics the two avant-garde moments: “Ode ao burguês”, published in Pauliceia Desvairada (1921), and “ode (explicit) in praise of poetry on the day of Saint Lukács”, published in A Educação dos Cinco Sentidos (1985). Through the analysis of the poems, it was understood that the poems operated a transit between the look at the Other (the backwardness, the ignorance, the fear, the colonial mentality in the modernization of the country) with the objective of repudiation and conquest – materialized in the image poetic-sound ode/hatred – and the indifference towards the hated Other that explodes in the destructive violence of the image – still sonorous and in echo – “são Lukács” / “são nunca”.||Este texto compara dois modos de escrita da poesia vanguardista. Aquela que foi materializada a partir da Semana de Arte Moderna como vanguarda modernista e a que se formulou a partir do concretismo. Para tal, analisa dois poemas de dois autores, Mário de Andrade e Haroldo de Campos, os quais marcaram com sua obra e com sua propedêutica os dois momentos vanguardistas: “Ode ao burguês”, publicado em Pauliceia Desvairada (1921), e “ode(explícita) em louvor à poesia no dia de são Lukács”, publicado em A educação dos cinco sentidos (1985). Mediante a análise dos poemas, compreendeu-se que os poemas operaram um trânsito entre o olhar para o Outro (o atraso, a ignorância, o medo, a mentalidade colonial na modernização do país) com o objetivo de repúdio e conquista – materializado na imagem poético-sonora ode/ódio – e a indiferença em relação ao odiado Outro que explode na violência destrutiva da imagem – ainda sonora e em eco – “são Lukács” / “são nunca”.