Descrição
In the last four decades, at least, the historiography of the slave trade carried out by the Portuguese between Brazil and the Costa da Mina (Slave Coast) has highlighted the role of tobacco as the chief item of exchanging. More recently, a small number of researchers have pointed out that Brazilian gold was as important as tobacco in the relations of Portuguese with European and Africans agents and as a mean of procuring African enslaved workers. The article joins this later current in trying to demonstrate, based on Royal African Company trade records, the role of Brazilian gold in the trade relations involving Portuguese and British merchants, which became quite intense in the earlier half of the eighteenth century. My argument is that gold was a fundamental factor for the success of Luso-Brazilian in that African region, what it also demonstrates the trans-imperial character of the investments in this branch of trade. At last, the article suggests one possible contribution to assess the features of the relationship between the agents who engaged in this particular trade.||Nas últimas quatro décadas, pelo menos, na historiografia do comércio de escravos realizado pelos portugueses entre o Brasil e a Costa da Mina (África Ocidental), tem prevalecido uma ênfase no papel do tabaco como principal item de troca. O que poucos estudos têm apontado, mais recentemente, é que o ouro teve relevância, no mínimo, igual como moeda de troca nas relações dos portugueses com agentes europeus e africanos na aquisição de trabalhadores escravizados. O presente artigo soma-se a esta última corrente, procurando demonstrar, com base em registros de negócios da Royal African Company em Uidá, o papel do ouro do Brasil nas relações mercantis entre ingleses e portugueses, que se adensaram bastante na primeira metade do século XVIII. Argumenta que o ouro foi fator fundamental no êxito do comércio luso-brasileiro naquela região, apontando para o caráter transimperial dos investimentos neste ramo. Por fim, indica uma possível contribuição para avaliar as características das relações mercantis entre os agentes envolvidos.||Nas últimas quatro décadas, pelo menos, na historiografia do comércio de escravos realizado pelos portugueses entre o Brasil e a Costa da Mina (África Ocidental), tem prevalecido uma ênfase no papel do tabaco como principal item de troca. O que poucos estudos têm apontado, mais recentemente, é que o ouro teve relevância, no mínimo, igual como moeda de troca nas relações dos portugueses com agentes europeus e africanos na aquisição de trabalhadores escravizados. O presente artigo soma-se a esta última corrente, procurando demonstrar, com base em registros de negócios da Royal African Company em Uidá, o papel do ouro do Brasil nas relações mercantis entre ingleses e portugueses, que se adensaram bastante na primeira metade do século XVIII. Argumenta que o ouro foi fator fundamental no êxito do comércio luso-brasileiro naquela região, apontando para o caráter transimperial dos investimentos neste ramo. Por fim, indica uma possível contribuição para avaliar as características das relações mercantis entre os agentes envolvidos.
