Descrição
The covid-19 pandemic intensified the use of remote work in Public Administration. In the educational sector, remote teaching was implemented as a strategy to replace in-person instruction, which had to be abruptly halted. Research on teachers' work during this period reports obstacles such as difficulties with technology, lack of equipment, increased workload, among others. However, despite the pandemic period has not passed and although its effects and impacts continue to be studied, Brazilian federal universities have already returned to in-person activities, in search of a "new normal." In this sense, this study aims to identify the challenges and paradoxes faced by teachers from federal public institutions regarding the return to in-person activities in the context of the covid-19 pandemic. For this purpose, a qualitative, exploratory approach was adopted, using a case study strategy with teachers from the Federal University of Maranhão – Grajaú Campus. Data were collected through semi-structured interviews, conducted online, which were later analyzed with the assistance of ATLAS.ti software, using Bardin's content analysis (2011) as a framework. Ten paradoxes were identified, and challenges and opportunities were grouped into six categories. Participants reported difficulties related to teaching, lack of training, physical problems such as obesity, muscular pain, headaches, and exhaustion, as well as mental issues such as anxiety, distress, and mental fatigue. Work overload was perceived by all teachers. They reported that the absence of campus facilities hindered their activities due to communication problems, lack of feedback, and lack of home infrastructure for remote work. Despite the challenges, participants stated they would continue to use ICTs (Information and Communication Technologies) in a post-pandemic scenario and expressed interest in working in a hybrid model that combines in-person and remote activities. The lack of planning for remote work implementation hindered activities, as there was a need for forced and sudden adaptation to the systems used by the university. The knowledge gained from this research can, from a practical standpoint, assist Public Administration by providing information to facilitate further discussions on the implementation of remote work as a complement to in-person workload, hybrid teaching, regulation of remote work hours, and challenges in maintaining the quality of life of employees, as well as highlighting failures caused by implementation without prior experience or a work plan.||La pandemia de covid-19 ha intensificado el uso del trabajo remoto en la Administración Pública. En el ámbito educativo, el trabajo remoto docente se implementó como estrategia para sustituir la enseñanza presencial, que tuvo que ser interrumpida abruptamente. Las investigaciones sobre el trabajo de los profesores en este período reportan obstáculos como dificultades con las tecnologías, falta de equipos, aumento de la carga horaria de trabajo, entre otros. Sin embargo, aunque el período pandémico no ha pasado y aunque sus efectos e impactos siguen siendo estudiados, las universidades federales brasileñas ya han retomado las actividades presenciales, en busca de una "nueva normalidad". En este sentido, este estudio busca identificar los desafíos y paradojas de docentes en instituciones públicas federales en relación con el retorno a las actividades presenciales en el contexto de la pandemia de covid-19. Para ello, se adoptó un enfoque cualitativo, de carácter exploratorio, utilizando como estrategia el estudio de caso con docentes de la Universidad Federal de Maranhão – Campus Grajaú. Los datos fueron construidos a través de entrevistas semiestructuradas, realizadas de forma online, que posteriormente fueron analizados con la ayuda del software ATLAS.ti., a la luz del análisis de contenido de Bardin (2011). Se identificaron diez paradojas, y los desafíos y oportunidades se agruparon en seis categorías. Los entrevistados reportaron dificultades relacionadas con la enseñanza, falta de capacitación, problemas físicos como obesidad, dolores musculares, dolores de cabeza y agotamiento, además de problemas mentales como ansiedad, angustia y fatiga mental. La sobrecarga de trabajo fue percibida por todos los docentes. Los profesores informaron que la ausencia del campus perjudicó sus actividades, debido a problemas de comunicación, falta de retroalimentación y falta de estructura en casa para realizar el trabajo remoto. A pesar de las dificultades enfrentadas, los entrevistados informaron que seguirían utilizando las TIC (Tecnologías de la Información y la Comunicación) en un momento posterior a la pandemia, y que les gustaría trabajar en un modelo híbrido que combinara actividades presenciales y remotas. La falta de planificación para la implementación del trabajo remoto afectó las actividades, ya que hubo necesidad de adaptarse de forma forzada y repentina a los sistemas utilizados por la universidad. Los conocimientos derivados de esta investigación pueden, desde el punto de vista práctico, ayudar a la Administración Pública, proporcionándole información para ayudar en ulteriores discusiones sobre la implementación del trabajo remoto como complemento de la carga horaria presencial, enseñanza híbrida, regulación de la jornada remota y desafíos para mantener la calidad de vida de los servidores, además de evidenciar fallos ocasionados por la implementación sin experiencia previa ni plan de trabajo.||A pandemia de covid-19 intensificou a utilização do trabalho remoto na Administração Pública. Na área educacional, o trabalho remoto docente foi implementado como estratégia para substituição do ensino presencial, que teve que ser bruscamente interrompido. Pesquisas sobre o trabalho dos professores nesse período relatam obstáculos como dificuldades com as tecnologias, falta de equipamentos, carga horária de trabalho aumentada, dentre outros. Contudo, apesar de o período pandêmico não ter passado e embora seus efeitos e impactos continuem sendo estudados, as universidades federais brasileiras já retornaram às atividades presenciais, em busca de um “novo normal”. Nesse sentido, este estudo procura identificar os desafios e paradoxos de docentes de instituições públicas federais em relação ao retorno às atividades presenciais no contexto da pandemia da covid-19. Para isso, foi adotada uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório, utilizando como estratégia o estudo de caso com docentes da Universidade Federal do Maranhão – Campus Grajaú. Os dados foram construídos por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas de forma online, que posteriormente foram analisados com o auxílio do software ATLAS.ti., à luz da análise de conteúdo de Bardin (2011). Foram identificados dez paradoxos, e os desafios e oportunidades foram agrupados em seis categorias. Os entrevistados relataram dificuldades ligadas ao ensino, falta de capacitação, problemas físicos como obesidade, dores musculares, cefaleia e exaustão, além de problemas mentais como ansiedade, angústia e estafamento mental. A sobrecarga de trabalho foi percebida por todos os docentes. Os professores relataram que a ausência do campus prejudicou suas atividades, devido a problemas de comunicação, ausência de feedback e falta de estrutura em casa para a realização do trabalho remoto. Apesar das dificuldades enfrentadas, os entrevistados relataram que continuariam a utilizar as TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação) num momento pós-pandêmico, e que gostariam de trabalhar num modelo híbrido, que mesclasse atividades presenciais e remotas. A falta de planejamento para a implementação do trabalho remoto prejudicou as atividades, pois houve necessidade de adaptação forçada e repentina aos sistemas utilizados pela universidade. Os conhecimentos oriundos desta pesquisa podem, no ponto de vista da prática, ajudar a Administração Pública, provendo-lhe informações para auxiliar ulteriores discussões acerca da implementação do trabalho remoto como complementação de carga horária presencial, ensino híbrido, regulação da jornada remota e desafios para manutenção da qualidade de vida dos servidores, além de evidenciar falhas ocasionadas pela implementação sem experiência prévia nem plano de trabalho.
