Descrição
As histórias em quadrinhos não se limitam à sua própria linguagem de narrar histórias imagético-textuais, mas podem flertar com artes poéticas, visuais e além. Em diversos momentos, principalmente a partir da década de 1970, vimos experiências ricas na exploração livre da estrutura das histórias em quadrinhos. São exemplos a editora Le Terrain Vague, principalmente na publicação Saga de Xam, assim como Metal Hurlant e todo o quadrinho autoral que se estabelece a partir do período citado. No Brasil, essas investidas se mostram relevantes nos quadrinhos poético-filosóficos, mas também têm tido sua presença em produções que exploram a abstração nessa linguagem. O presente artigo procura localizar a antologia Autofagia, publicada pelo Selo Risco Impresso, dentro desse território da experimentação e autoralidade e como suas páginas abordam a vanguarda das histórias em quadrinhos e seu flerte com as artes, a poesia visual e o poema/processo.
||Comic books are not limited to their own language of narrating imagery-textual stories, but can flirt with poetic, visual arts and beyond. At different times, mainly from the 1970s onwards, we had rich experiences in the free exploration of comic’s structure. Examples of this are the Le Terrain Vague publishing company, mainly in the what regards to the publication Saga de Xam, as well as Metal Hurlant and all the authorial comics that are established from the mentioned period on. In Brazil, these advancements are relevant in the field of poetic-philosophical comics, but they have also been present in productions that explore abstraction in this language. This article aims to locate the anthology Autofagia, published by Risco Impresso publishing company within this territory of experimentation and authorship, and how its pages approach the vanguard of comics and their flirtation with the arts, visual poetry and the poem/process.
