Descrição
Partindo do plano das atividades da “Década Internacional de Afrodescendentes”, proclamada pela Assembleia Geral da ONU (2015 a 2024), este artigo propõe refletir sobre o reconhecimento do sujeito colonial em duas dimensões: a) a negação do homem negro encenada na poesia de Cruz e Souza e Oswaldo de Camargo; b) o diálogo que Frantz Fanon estabelece com Hegel. Fanon adverte que o homem negro está fora do processo da história, porque é apresentado dentro do circuito fechado da consciência-de-si ou “em-si” e jamais como o estágio da consciência crítica de um “ser-para-si”, pois não lhe é dada a reciprocidade do reconhecimento.
||From the Programme of Activities of the “International Decade for People of African Descent”, proclaimed by the UN General Assembly (2015-2024), this paper proposes a reflection on the recognition of the colonial subject in two dimensions: a) by the denial of the Black man enacted on the poetry of Cruz e Souza and Oswaldo de Camargo; b) by the dialogue that Frantz Fanon holds with Hegel. Fanon observes that the Black man is out of the process of History because he is presented inside the closed circuit of the self-consciousness or “in-itself” and never at the critical conscience stage of a “being-for-itself” because he is not granted recognition reciprocity.