-
LABOUR PRECARIOUSNESS, MIGRANT WORK AND ETHNIC-RACIAL PREJUDICE IN PORTUGAL: changes in employment and trade union responses||PRÉCARITÉ, MAIN-D’OEUVRE IMMIGRÉE ET PRÉJUGÉS ETHNIQUES ET RACIAUX AU PORTUGAL: changements dans l’emploi et réponses syndicales||PRECARIEDADE, TRABALHADORES MIGRANTES E PRECONCEITO ÉTNICO-RACIAL EM PORTUGAL: mudanças no emprego e respostas sindicais
- Voltar
Metadados
Descrição
The composition of the workforce in Portugal has undergone structural changes in recent decades, which go hand in hand with fundamental changes in labour regulation. Among them stands out the significant increase in the resident foreign population, which exceeded one-fifth of the workforce in 2023. The reflection on labour precariousness cannot ignore the growing presence of migrant workers, particularly in sectors such as administration and support services, hospitality, catering, construction, manufacturing industries, work mediated by digital platforms (passenger transport and food delivery) and intensive agriculture, marked by labour informality and undeclared work. It can be said that labour precariousness in Portugal, whether in traditional sectors or in those resulting from the digitalization of work, is a phenomenon that can only be fully understood taking into account labour flows, the international division of labour and racialized work, with the multiple discriminations that weave the intersection between race, class and gender in the structure of inequalities. This article presents a diagnosis of labour and its transformations in Portugal, also identifying the way in which the action programs of trade union confederations and Collective Labour Regulation Instruments, at the sectoral level, incorporate (or not) the issues of migrant workers and the struggle against ethnicracial prejudice.||La composition de la main-d’oeuvre au Portugal a subi des changements structurels au cours des dernières décennies, qui vont de pair avec des changements fondamentaux dans la réglementation du travail. Parmi ces changements, citons l’augmentation significative de la population résidente étrangère, qui représentera plus d’un cinquième de la classe ouvrière d’ici 2023. La réflexion sur la précarité du travail ne peut ignorer la présence croissante de la main-d’oeuvre migrante, en particulier dans des secteurs tels que l’administration et les services de soutien, l’hébergement et la restauration, la construction, l’industrie manufacturière, le travail sur les plateformes numériques (transport de passagers et livraison de nourriture) et l’agriculture intensive, surtout lorsqu’elle est marquée par l’informalité de la main-d’oeuvre et le travail clandestin. On peut dire que la précarité au Portugal, que ce soit dans les secteurs traditionnels ou ceux résultant de la numérisation du travail, est un phénomène qui ne peut être pleinement compris qu’en tenant compte des flux de main-d’oeuvre, de la division internationale du travail et du travail racialisé, avec les multiples discriminations qui tissent l’intersection entre la race, la classe et le genre dans la structure des inégalités. Cet article présente un diagnostic du travail au Portugal et de ses transformations, en identifiant également comment les programmes d’action des confédérations syndicales et les Instruments de Réglementation Collective du Travail, au niveau sectoriel, intègrent (ou non) les thèmes des travailleurs migrants et de la lutte contre les préjugés ethniques et raciaux.||A composição da força de trabalho em Portugal tem sofrido nas últimas décadas alterações estruturais, que caminham a par de mudanças de fundo na regulação do trabalho. Entre elas, destaca-se o significativo aumento da população estrangeira residente, que ultrapassava um quinto da classe trabalhadora em 2023. A reflexão sobre a precarização do trabalho não pode ignorar a presença crescente de trabalhadores migrantes, nomeadamente em setores como a administração e serviços de apoio, o alojamento e a restauração, a construção, as indústrias transformadoras, o trabalho em plataformas digitais (transporte de passageiros e entrega de comida) e a agricultura intensiva, designadamente quando marcada pela informalidade laboral e pelo trabalho clandestino. Pode dizer-se que a precariedade em Portugal, seja em setores tradicionais seja nos que resultam da digitalização do trabalho, é um fenómeno que só pode ser plenamente compreendido tendo em conta os fluxos de mão de obra, a divisão internacional do trabalho e o trabalho racializado, com as múltiplas discriminações que tecem a intersecção entre raça, classe e género na estrutura das desigualdades. O presente artigo apresenta um diagnóstico sobre o trabalho em Portugal e as suas transformações, identificando também o modo como os programas de ação das confederações sindicais e os Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho, ao nível setorial, incorporam (ou não) as temáticas do trabalho protagonizado por migrantes e do combate ao preconceito étnico-racial.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Fonseca, Dora | Soeiro, José
Data
28 de dezembro de 2024
Formato
Identificador
https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/61367 | 10.9771/ccrh.v37i0.61367
Idioma
Direitos autorais
Fonte
Caderno CRH; Vol. 37 (2024): Publicação Contínua; e024044 | Caderno CRH; Vol. 37 (2024): Publicação Contínua; e024044 | Caderno CRH; v. 37 (2024): Publicação Contínua; e024044 | 1983-8239 | 0103-4979
Assuntos
Precarity | Migrant workers | Digital platforms | Racism | Trade unionism | Precariedade | Trabalhadores migrantes | Plataformas digitais | Racism | Sindicalismo | Précarité | Travailleurs migrants | Plateformes numériques | Racisme | Syndicalisme
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo avaliado pelos pares