-
Beyond/below language: some questions surrounding Brazilian literature written by black women||A literatura para além/aquém da linguagem: algumas questões em torno da literatura brasileira de autoria de mulheres negras
- Voltar
Metadados
Descrição
The contributions of Teresa de Lauretis (2019) with regard to the cultural conceptions of masculine and feminine, which form a gender system, produce a symbolic system or meanings responsible for organizing cultural values and hierarchies over cultural contents. In this way, the “sex-gender system” (Lauretis, 2019) is related to both political and economic factors in societies, which is why, following the reflections of Norma Telles (1992), gender always matters, as does race, class, sexuality, etc. While both the sex-gender system and the colonial system interfere with models of knowledge and relationships, which are structured in such a way as to produce advantages for some people and (many) disadvantages for others, this work intends to take the Brazilian literature produced, above all, in recent centuries by women – with an emphasis on black authors – as a fruitful field for tensioning these systems. If figures like Maria Firmina dos Reis and Carolina Maria de Jesus – among many other black writers obliterated by criticism and time – are exemplary for the debate, Conceição Evaristo and, more recently, Marilene Felinto, Cristiane Sobral, Jarid Arraes – to name a few some names – contributed and have contributed to the production of ruptures, of counter-narratives to a disruptive practice of the canon.||As contribuições de Teresa de Lauretis (2019) no que diz respeito às concepções culturais de masculino e feminino, que formam um sistema de gênero, produzem um sistema simbólico ou de significações responsável por organizar valores e hierarquias culturais sobre os conteúdos culturais. Dessa maneira, o “sistema sexo-gênero” (Lauretis, 2019) relaciona-se tanto a fatores políticos quanto econômicos nas sociedades, motivo pelo qual, na senda das reflexões de Norma Telles (1992), gênero importa sempre, assim como raça, classe, sexualidade etc. Ao passo que tanto o sistema sexo-gênero quanto o colonial, interferem nos modelos de conhecimento e de relacionamento, os quais estão estruturados de maneira a produzirem vantagens para algumas pessoas e (muitas) desvantagens para outras, este trabalho pretende tomar a literatura brasileira produzida, sobretudo, nos últimos séculos por mulheres – com ênfase à de autoria negra – como campo profícuo para tensionar esses sistemas. Se figuras como Maria Firmina dos Reis e Carolina Maria de Jesus – entre tantas outras escritoras negras obliteradas pela crítica e pelo tempo – são exemplares para o debate ensejado, Conceição Evaristo e, mais recentemente, Marilene Felinto, Cristiane Sobral, Jarid Arraes – para citar alguns nomes – contribuíram e têm contribuído na produção de rupturas, de contranarrativas para uma prática disruptiva do cânone.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Zandoná, Jair
Data
21 de agosto de 2024
Formato
Identificador
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/98299 | 10.5007/2175-7917.2024.e98299
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2024 Jair Zandoná | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
Fonte
Anuário de Literatura; Vol. 29 (2024); 01-14 | Anuário de Literatura; v. 29 (2024); 01-14 | 2175-7917 | 1414-5235
Assuntos
history of literature | Brazilian literature | literature written by black women | história da literatura | literatura brasileira | literatura de autoria feminina negra
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo avaliado pelos pares