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“No more people speaking for us”: indigenous authorship in question||“Chega de tanta gente falando pela gente”: a autoria indígena em questão
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Metadados
Descrição
In this text we propose a discussion on indigenous authorship. We intend to discuss the erasures/silencing that have affected indigenous peoples in Brazilian literature, both as characters and, above all, as authors. We start from the assumption that the Indian (as he is called in literature written by whites) served in Brazilian literature as an ingredient, in the form of a stereotyped character, for the formation of a supposed national identity. Thus, we are also starting from the proposal of Jaider Esbell, an indigenous artist who died in 2021, who exclaimed, dissatisfied, in the Tembetá collection, that there was enough of so many non-indigenous people speaking for these peoples. It is from this dissatisfaction of Esbell (2019) that this text arises and takes the following path: brief discussion of José de Alencar Indianist literary text, on the construction of the Indian character; analysis of literary works by Auritha Tabajara and Denízia Fulkaxó, on indigenous authorship that claims to be heard; and finally, we will address how the indigenous text, in addition to demarcating its own voice, also serves as a space that expresses memory, ancestry, denounces necropolitics, colonialism and imperialism, and claims new models of analysis.
||Neste texto propomos uma discussão sobre a autoria indígena. Tencionamos discutir os apagamentos/silenciamentos que acometeram os povos indígenas na literatura brasileira, na condição de personagens e, principalmente na condição de autores/as. Partimos do pressuposto de que o índio (como é chamado na literatura escrita por brancos), serviu, para a literatura brasileira como ingrediente, na forma de um personagem estereotipado, para a formação de uma suposta identidade nacional. Assim, partimos também da proposta de Jaider Esbell, artista indígena, falecido em 2021, que exclamava, insatisfeito, na coleção Tembetá, que chega de tanta gente não indígena falando por esses povos. É a partir dessa insatisfação de Esbell (2019), que este texto surge e trilha o seguinte percurso: breve discussão acerca do texto literário indianista de José de Alencar, sobre a construção do personagem índio; análise de obras literárias de Auritha Tabajara e Denízia Fulkaxó, sobre a autoria indígena que reivindica ser ouvida; e, por fim, abordaremos como o texto indígena, além de demarcar a própria voz, serve também como espaço que expressa memória, ancestralidade, que denuncia a necropolítica, o colonialismo e o imperialismo, e reivindica novos modelos de análise.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Vieira da Silva Filho, Joel | Souto Silva, Susana
Data
31 de agosto de 2024
Formato
Identificador
https://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/53604 | 10.26512/cerrados.v33i65.53604
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2024 Revista Cerrados | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
Fonte
Revista Cerrados; v. 33 n. 65 (2024): Literatura negra e indígena no Brasil: oralidades, ancestralidades, resistências; 16-26 | 1982-9701 | 0104-3927 | 10.26512/cerrados.v33i65
Assuntos
Autoria Indígena | Ancestralidade | Apagamentos | indigenous authorship | ancestry | erasures
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion