Descrição
This research investigates how Brazilian social formation and class struggle are present in the works “Branco Sai, Preto Fica” (2015) and “Bacurau” (2019). In order to understand Brazilian social formation and its class struggle, the theoretical contribution of a historical-dialectical materialist approach is used. To study the operative tendency of Science Fiction, the historical logic of the emergence and development of Brazilian Sci-fi is researched. With the analyses, one can see in “Branco Sai, Preto Fica” (2015) the peripheralization of the black population in large urban centers as something symptomatic of the Brazilian social formation, in addition to explaining the role of the coercive forces of the State, such as the police, in oppressing the exploited/racialized classes; The reaction to this oppression in the film is a conspiracy whose driving force is the popular culture of marginalized populations to create a bomb that explodes Brasília and the Military Dictatorship that governs the country in the universe of the film. In “Bacurau” (2019), local residents have to fight for survival against foreigners who represent an alien threat from a colonialist/imperialist perspective, and also against the institutions of the Brazilian bourgeois State, such as politicians and businesspeople, who assist in the particular autochthonous oppression that returns for the universality of Brazilian social formation, as well as in this metaphor/analogy for the Brazilian historical development based on the exploitation of foreigners and the maintenance of slavery.||Esta pesquisa realiza uma investigação de como a formação social brasileira e sua luta de classes estão presentes nas obras “Branco Sai, Preto Fica” (2015) e “Bacurau” (2019). Para compreender essa formação social brasileira e sua luta de classes é utilizado o aporte teórico de abordagem materialista histórico-dialética. Para estudar a tendência operativa de FC, pesquisa-se a lógica histórica do surgimento e desenvolvimento do FC brasileiro. Com as análises, percebe-se em “Branco Sai, Preto Fica” (2015) a periferização da população preta em grandes centros urbanos como algo sintomático da formação social brasileira, além de explicitar o papel das forças coercitivas do Estado, como a polícia, em oprimir as classes exploradas/racializadas; A reação a essa opressão no filme é uma conspiração cuja força-motriz é a cultura popular das populações marginalizadas para a criação de uma bomba que explode Brasília e a Ditadura Militar que governa o país no universo da obra. Em “Bacurau” (2019) os moradores locais tem que lutar pela sobrevivência contra estrangeiros que representam essa ameaça alienígena de perspectiva colonial/imperialista, e contra as instituições do Estado burguês brasileiro, como políticos e empresários, que auxiliam na opressão autóctone particular que volta para a universalidade da formação social brasileira, bem como nessa metáfora/analogia para a o desenvolvimento histórico brasileiro pautado na exploração do estrangeiro e da manutenção da escravidão.
