Descrição
O artigo analisa os apontamentos sobre o uso do passado nos escritos de Frantz Fanon, tentando construir substratos teóricos para pensar o ensino de História da África, os currículos e a formação docente. Embasado no pensamento fanoniano, busco produzir uma crítica ao eurocentrismo, principalmente ao quadripartismo francês. Fanon produziu uma compreensão singular sobre a substantificação do passado durante a luta anticolonial. Partindo do conceito de epidermização e seus efeitos na formação de professores e no ensino de História, afirma-se a importância da crítica à divisão quadripartite que modela a forma dos currículos no Brasil. O advento das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 impulsionaram, apesar de todas as resistências de uma sociedade racista, os estudos sobre a História do continente africano no Brasil e a busca pelas teorias e metodologias de intelectuais africanos e afrodiaspóricos.