-
Quem trabalha, come: cozinhas ao ar livre no espaço urbano de Luanda (1960-1970)||Who works, eats: open-air kitchens in Luanda’s urban space (1960-1970)
- Voltar
Metadados
Descrição
With the internationalization of the economy from the 1950s onwards, a decade in which a global food pattern was forming, Africans began to be integrated into the urban wage labour market. Consequently, they were seen as economic agents subject to new consumption habits and inserted into social framing strategies, which were adjustable to a colonial classification that was spatially mirrored, demarcating the lines of a territoriality. By defending food consumption as a dynamic expression of a territorial experience,this article aims to highlight the resistance movement by the African population from the conformation of a specific space of sociability and commensality: the outdoor kitchens. To this end, based on a theoretical and methodological framework that is inscribed in geography, anthropology and social history, we collate information presented in different types of sources, including periodicals, medical-nutritional documents and socio-anthropological investigations prepared by the colonial authorities. By relying on the methodology of Oral History, we also relied on interviews conducted with Angolans who experienced living in Luanda at that time.||Com a internacionalização da economia a partir dos anos 1950, década em que se conformava um padrão alimentar global, os africanos passaram a ser integrados no mercado de trabalho assalariado urbano. Por conseguinte, eram vistos como agentes econômicos sujeitos a novos hábitos de consumo e inseridos nas estratégias de enquadramento social, estas, ajustáveis a uma classificação colonial que se espelhava espacialmente, demarcando as linhas de uma territorialidade. Ao defendermos o consumo alimentar como expressão dinâmica de um vivido territorial, o presente artigo tem como objetivo destacar a estratégia de resistência aos cerceamentos coloniais a partir da ocorrência de cozinhas ao ar livre montadas pela população africana no espaço urbano da cidade de Luanda durante os anos 1960 e 1970. Para tal, alicerçados em um referencial teórico-metodológico que se inscreve na geografia, antropologia e história social, cotejamos informações apresentadas em diferentes tipologias de fontes, incluindo- se periódicos, documentos médico-nutricionais e investigações socioantropológicas elaborados pelas autoridades coloniais. Ao apostarmos na metodologia da História Oral nos baseamos, também, em entrevistas realizadas com angolanos que experimentaram a vivência na Luanda daquele tempo.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Helena Ramos, Karina
Data
16 de setembro de 2024
Formato
Identificador
https://www.e-publicacoes.uerj.br/maracanan/article/view/78802 | 10.12957/revmar.2024.78802
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2024 Revista Maracanan | https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
Fonte
Revista Maracanan; n. 35 (2024): Tema Livre; 101-126 | 2359-0092 | 1807-989X
Assuntos
Luanda | Comensalidade | Territorialidade | Agência feminina | Trabalhadores | Luanda | Commensality | Territoriality | Female Agency | Workers
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo avaliado pelos pares