Descrição
For a long time, musical performance was relegated to a peripheral condition in the field of musical ontology, being overshadowed by a concept of the work as a crystallised object, around which agents perform specific, well-defined functions. We propose an alliance with a conceptual network grounded in Deleuze, Guattari and other authors in order to look at the phenomenon of performance from another perspective: displacing the concept of the work from its stable ontological condition to incorporate movement, considering the deterritorializing potential of musical performance and the possibility of actualizing other forms of existence. Added to this discussion is a case study, with which we sought to put into practice the theoretical reflections discussed throughout the article, resulting in guitar music that never “is”, doesn’t represent, nor is it performed based on the functional segmentarity of its agents, but is always in process, emphasising difference and the multiple to the detriment of stable and finished identities.||Durante mucho tiempo, la performance musical fue relegada a una condición periférica en el campo de la ontología musical, siendo eclipsada por una concepción de la obra como objeto cristalizado, en torno al cual los agentes desempeñan funciones específicas y bien definidas. Proponemos una alianza con una red conceptual fundamentada en Deleuze, Guattari y otros autores para mirar el fenómeno de la performance desde otra perspectiva: desplazando el concepto de obra de su condición ontológica estable para incorporar el movimiento, considerando el potencial desterritorializador de la performance musical y la posibilidad de actualizar otras formas de existencia. A esta discusión se añade un estudio de caso, con el que buscamos poner en práctica las reflexiones teóricas discutidas a lo largo del artículo, dando como resultado una música para guitarra que nunca «es», no representa, ni se interpreta en base a la segmentariedad funcional de sus agentes, sino que está siempre en proceso, enfatizando la diferencia y lo múltiple en detrimento de identidades estables y acabadas.||A performance musical, foi durante muito tempo relegada a uma condição periférica no campo da ontologia musical, sendo ofuscada por um conceito de obra como objeto cristalizado, em torno do qual os agentes operam funções específicas muito bem delimitadas. Propomos uma aliança com uma rede conceitual fundamentada em Deleuze, Guattari e outros autores a fim de compor um olhar para o fenômeno da performance a partir de outra perspectiva: deslocar o conceito de obra de sua condição ontológica estável para incorporar o movimento, considerando a potência desterritorializante da performance musical e a possibilidade de atualizar outras formas de existência. Soma-se a essa discussão um estudo de caso, com o qual buscamos colocar em prática as reflexões teóricas abordadas ao longo do artigo, resultando em uma música para violão que nunca “é”, não representa, nem se efetua a partir da segmentaridade funcional de seus agentes, mas está sempre em processo, enfatizando a diferença e o múltiplo em detrimento de identidades estáveis e acabadas.
