Está disponível para consulta o Acervo Sérgio Britto Digital, formado por cerca de 20 mil itens documentais reunidos pelo ator, produtor, diretor no decorrer de sua intensa atividade artística. Uma parcela de seu extenso arquivo já havia sido doado para o então Instituto Nacional de Artes Cênicas (Inacen) na década de 1980, devido a existência, naquele momento, de uma importante Campanha de Doação veiculada pelo extinto órgão. Nessa ocasião, o artista privilegiou documentos referentes à sua atuação no teatro e na televisão, com destaque para o programa Grande Teatro Tupi.
Considerado um dos principais atores brasileiros de sua geração, Britto se manteve em atividade até o ano de sua morte, em 2011. Logo, continuou a produzir mais registros sobre seus trabalhos e seus projetos. Essa documentação sobre suas atividades mais recentes – como os espetáculos A última gravação de Krapp, Atos sem palavras I, Recordar é viver e seu programa de entrevistas na EBC/TV Brasil Arte com Sérgio Britto – juntou-se aos documentos que não haviam sido encaminhados ao Inacen e, desse seu impulso de guardar, resultou o Acervo Sérgio Britto Digital, composto por fotografias, recortes de jornal, programas de espetáculos, vídeos e DVDs. Após finalizar o tratamento desse vasto material, que se encontra sob a guarda do Instituto CAL de Arte e Cultura, do qual Sergio Britto é um dos fundadores, Marília Brito, sobrinha do ator, iniciou um diálogo com a Funarte para a doação do acervo digital.
Tendo em vista o histórico existente entre a instituição – que é a sucessora do Inacen – e Sérgio Britto, foi efetivada a transferência da custódia das cópias digitais dos documentos do ator. Essa iniciativa, além de garantir o acesso a um patrimônio documental que diz respeito a cerca de 65 anos da trajetória de um dos mais relevantes artistas do Brasil, bem como da própria história do teatro e da televisão brasileiros, também atende ao desejo de Sérgio Britto, que tanto se dedicou à construção de seu acervo.
Como expressou sua sobrinha – e coordenadora do projeto de organização dos documentos – na matéria sobre a doação do Acervo Sérgio Britto Digital para a Funarte: “Ele foi, sem ter essa intenção, um grande arquivista. Guardava tudo. Não só o que fez, mas também o que via e o que lia. Ele queria que as pessoas tivessem acesso a isso”.
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