Descrição
Este trabalho, fruto de uma pesquisa teórica, tem por objetivo analisar a obra da artista alemã Käthe Kollwitz sob o viés da arte engajada. As técnicas utilizadas por Kollwitz, são a água-forte, a litografia e a xilogravura e algumas incursões pela escultura. Quaisquer delas apresentam as características da clareza, dos traços simples, sem rebuscamentos. Isso respondia a seus anseios de tornar a arte mais popular, acessível àqueles que dela não poderiam fruir em outros espaços, como os museus. Respondia também à coerência daquela que acreditava que a arte deveria “ser um acontecimento entre o artista e as pessoas”. Inserida na dinâmica da vida social, seu comprometimento com a causa operária afina-se com a arte no emaranhado da vida cotidiana dos operários, mesclada pela dor, o sofrimento, a violência e a privação. A recusa da beleza da arte convencional explicita o vigor de Kollwitz em contestar a contrastante desigualdade social, especificamente na Alemanha. Sem jamais ter registrado sua vinculação a um partido político, sua preocupação com a condição humana era evidente e suscita ainda hoje em nós, o questionamento acerca dos rumos da arte na contemporaneidade. Palavras-chave: Käthe Kollwitz, condição humana, arte social