Descrição
Este trabalho visa discutir como ocorre a construção discursiva racial de mulheres brasileiras no que concerne a sua descendência asiática a partir da análise de relatos online em diferentes contextos. Esta pesquisa qualitativa interpretativista utiliza como referencial teórico os conceitos de raça como construto social e branquitude, mediados pela linguagem enquanto ato performativo. A partir das análises, inicialmente, as informantes recusaram sua descendência asiática como uma forma de rejeição ao discurso racista ainda tão enraizado na sociedade brasileira, pois ao declarar “sou uma mulher amarela de descendência asiática” elas resgatam todo um histórico discursivo racista atrelado à sua descendência.