Descrição
O artigo discute os lugares do espectador na cena contemporânea, diante do incentivo à produção de presença (Hans-Ulrich Gumbrecht) que caracteriza determinadas propostas teatrais de cunho performativo. Aponta-se a produção de sentido como fenômeno inevitável no intuito de encontrar possíveis modos de resistência, em paralelo, discute-se a contaminação entre as linguagens artísticas como tendência, questionando sua potência relacional. A partir de relatos de espetáculos vivenciados, destaca-se a itinerância pela cidade como uma via para a eficácia, apontando, igualmente, a questão da complexidade do trânsito entre territórios, o que gera reflexões em torno da disponibilidade e dos níveis de envolvimento do espectador frente à cena teatral contemporânea.