Descrição
Historicamente concebida como uma nação forjada pelas grandes glórias e descobrimentos possibilitados pelas navegações, Portugal construiu seu imaginário nacional em um contexto permeado pela ideologia imperialista, visando sempre conquistar novas terras ao redor do planeta, assegurando assim o progresso e avanço da nação. O presente trabalho busca analisar o processo de desconstrução do imaginário nacional português no romance As naus (1988), de António Lobo Antunes. Utilizando-se de personagens históricos e de uma mescla de diferentes tempos, através da ficção, o autor constrói um espaço próprio, onde discute e problematiza o processo da colonização e da valorização do passado histórico no imaginário da nação portuguesa.
PALAVRAS-CHAVE: Imaginário; imperialismo; Portugal; António Lobo Antunes.