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A diacronia dos objetos. Uma criatividade imanente.||A diacronia dos objetos. uma critividade imanente
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Metadados
Descrição
Nosso ponto de partida é a seguinte pergunta : seria possível conceber os objetos do design, em sua própria expressão, como manifestantes de semantismos tão amplos quanto o da temporalidade? Entre o tempo dilatado da fruição das obras de arte e o tempo costumeiro dos objetos utilitários da vida cotidiana, há um lugar para a temporalidade dos objetos do design, caracterizada pela ruptura das expectativas usuais, ou seja, caracterizada pela surpresa. Para compreender a dimensão de acontecimento presente nos objetos, o olhar do analista tem de estender-se a um duplo plano de imanência, a saber : o das formas do enunciado bem como o da dinâmica de sua enunciação. Focalizaremos aqui duas classes de objeto, a das cadeiras e a dos computadores pessoais ; comentaremos seus efeitos tendo em vista as práticas sociais em que se inserem sua percepção e seu uso. Referindo-nos a C. Zilberberg e sua teoria dos “modos de eficiência”, propomos uma distinção entre dois tipos de acontecimentos, conforme seus modos de descontinuidade e de ligação com o que segue e o que precede : (i) o acontecimento inacentuado, que corresponde a um “pervir” ; (ii) o acontecimento acentuado, que é da alçada do “sobrevir”. Analisaremos, em conclusão, a maneira como a enunciação individual das formas significantes ganha sentido uma vez colocada no âmbito mais abrangente da enunciação social, que se traduz em práticas e sanções coletivas a evoluir continuamente no decorrer da história. ||Nosso ponto de partida é a seguinte pergunta : seria possível conceber os objetos do design, em sua própria expressão, como manifestantes de semantismos tão amplos quanto o da temporalidade? Entre o tempo dilatado da fruição das obras de arte e o tempo costumeiro dos objetos utilitários da vida cotidiana, há um lugar para a temporalidade dos objetos do design, caracterizada pela ruptura das expectativas usuais, ou seja, caracterizada pela surpresa. Para compreender a dimensão de acontecimento presente nos objetos, o olhar do analista tem de estender-se a um duplo plano de imanência, a saber : o das formas do enunciado bem como o da dinâmica de sua enunciação. Focalizaremos aqui duas classes de objeto, a das cadeiras e a dos computadores pessoais ; comentaremos seus efeitos tendo em vista as práticas sociais em que se inserem sua percepção e seu uso. Referindo-nos a C. Zilberberg e sua teoria dos “modos de eficiência”, propomos uma distinção entre dois tipos de acontecimentos, conforme seus modos de descontinuidade e de ligação com o que segue e o que precede : (i) o acontecimento inacentuado, que corresponde a um “pervir” ; (ii) o acontecimento acentuado, que é da alçada do “sobrevir”. Analisaremos, em conclusão, a maneira como a enunciação individual das formas significantes ganha sentido uma vez colocada no âmbito mais abrangente da enunciação social, que se traduz em práticas e sanções coletivas a evoluir continuamente no decorrer da história.
ISSN
1980-4016
Periódico
Autor
Beyaert-Geslin, Anne
Data
29 de dezembro de 2013
Formato
Identificador
https://www.revistas.usp.br/esse/article/view/69526 | 10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.69526
Idioma
Fonte
Estudos Semióticos; v. 9 n. 2 (2013); 1-6 | Estudos Semióticos; Vol. 9 No. 2 (2013); 1-6 | Estudos Semióticos; V. 9 N. 2 (2013); 1-6 | Estudos Semióticos; Vol. 9 Núm. 2 (2013); 1-6 | Estudos Semióticos; Bd. 9 Nr. 2 (2013); 1-6 | Estudos Semióticos; Vol. 9 No 2 (2013); 1-6 | 1980-4016
Assuntos
design | diacronia | enunciação | “pervir” | “sobrevir” | design | diacronia | enunciação | “pervir” | “sobrevir”
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion