Descrição
Este artigo propõe uma reflexão sobre a entrevista com artistas como dispositivo de embate na interação de dois sujeitos, tendo em vista que o desejo por apreender trabalhos de arte por suas diversas vias, torna a palavra do artista objeto privilegiado. Algo que pode ser vislumbrado pela compreensão do contexto dos anos 1960/70 quando uma disputa discursiva no campo da arte se dá pela reivindicação dos artistas pelos espaços de fala. A palavra do artista não é uma verdade sobre o trabalho, pois tão determinada histórica, social e culturalmente como ele; assim, a entrevista pode ser compreendida como um mecanismo que abre a produção de sentido e a expande no cruzamento das visões interna e externa de uma prática artística.