Descrição
Resumo: a poética de Luis Serguilha, em Koaâ??E, instaura-se como um quebra-nozes de palavras. Desarticula o texto para conduzir o leitor a entradas inóspitas que não apontam para saÃdas. Numa configuração surreal feita de flores de ametista, o tempo ficcional assemelha-se à quele registrado nos relógios moles de Salvador DalÃ. O espaço, cubificado por mãos de Picasso, ecoa como o texto de Tzara que só quer o silêncio dos sentidos, mas pra tanto acaba provocando estrondos a partir do encontro e desencontro das palavras, que se entrechocam, se acariciam, desafinam e afinizam numa escrita sedutora que evoca a poética da transgressão.
Palavras-chave: Criação polifônica. Poética transgressiva. Imagens dissonantes.