Descrição
O artigo visa apresentar uma discussão a partir do repertório feminista negro, que tem como pressuposto ler as relações sociais por meio da experiência de vida das mulheres negras. Articulado a esse pressuposto, interrogaremos as práticas e políticas curriculares e seus efeitos nas trajetórias de escolarização e de profissionalização do público em específico. Para tal intento, recorremos às intelectuais negras estadunidenses e brasileiras de diferentes matizes que nos ajudam a interrogar a experiência da mulher negra. A teoria do discurso apropriada ao campo da educação nos ajuda a compreender as políticas e práticas curriculares como prática discursiva e espaço de disputa da significação cultural. Por se tratar de dois campos (currículo e mulher negra) que pouco dialogam entre si, os resultados apontam as possibilidades de novas proposições teórico-epistêmicas forçadas pela aproximação, com subjetividades insurgentes que questionam e são questionadas pelo currículo.