Descrição
Nas narrativas “o cão e os caluandas” e o “desejo de kianda”, de Pepetela, os personagens trazem as digitais do exercício do poder colonial e fixam os valores da metrópole no espaço negro, fazendo com que permaneçam os efeitos de sentido das vozes da administração lusitana na prática administrativa do pós 75 em angola. Este texto evidencia, a partir da materialidade ficcional de Pepetela, como o discurso de resistência à empresa colonial portuguesa toma outras funções no pós-independência. Os estudos de Bakhtin, Cassirer, Pêcheux, Memmi e Rita Chaves servem como base teórico-crítica.