Descrição
O artigo faz uma leitura benjaminiana/brechtiana da peça musical de Chico Buarque de 1978 buscando esclarecer o teatro como “fábrica de ilusões” em que a atriz/meretriz tem um papel simbólico dentro de imagens contraditórias entre civilização e barbárie alusivas a um país de fachada nas ditaduras. Ao atualizar as situações de autoritarismo dos anos da ditadura Vargas, com a industrialização, e nos anos de agro-negócio pós-bolsonaristas remonta-se aos arruinados inícios da urbanização para entender um jogo simbólico entre dureza e docilidade, ruinas e modas, gerando sucessivas mudanças capitalistas de cenário e escancarando o teatro como artifício montado para iludir, e ao mesmo tempo, para despertar.