Descrição
A partir de uma revisão teórica sobre os estudos de riscos e sua importância enquanto ciência procede-se a um debate sobre a gestão de riscos para reassentamento por atingidos por hidrelétricas. O presente artigo pretende mostrar que esta dimensão ainda causa incerteza dentro dos planos de remanejamento, ou seja, processos de gestão equivocados, e que ignoram experiências anteriores, aliado ainda a uma insuficiente participação cidadã nas tomadas de decisões geram perdas socioeconômicas, impactos sociais negativos e baixa capacidade de resiliência. A resiliência é entendida aqui como a retomada do modo de vida anterior ao remanejamento forçado. À guisa de conclusão, mostra-se que as políticas não são desenhadas de acordo com a experiência territorial dos sujeitos que nele habitam, gerando riscos não calculados, dentre eles risco de insegurança alimentar e empobrecimento.