Descrição
O presente artigo é dedicado à análise das ações de valoração e defesa da cidade de Ouro Preto levadas a cabo por Gustavo Barroso, então diretor do Museu Histórico Nacional (MHN), entre as décadas de 1920 e 1930. Compreendendo essas ações como parte de um projeto de escrita da história nacional que teve a antiga capital de Minas Gerais como principal referência, o artigo procura identificar os percursos que levaram ao reconhecimento oficial da cidade como Monumento Nacional, em 1933, e a atuação de Barroso nesse processo. Em seguida, estuda as restaurações de monumentos da antiga Vila Rica realizadas sob a responsabilidade de Barroso, especialmente as implementadas por meio da Inspetoria de Monumentos Nacionais (IMN) que funcionou como um departamento do MHN entre 1934 e 1937. Além de caracterizar o regulamento e as práticas desse órgão, identificando os agentes envolvidos em suas atividades, problematiza seu esquecimento na memória histórica sobre as políticas públicas de preservação do patrimônio no Brasil.|| This article analyzes the actions of valorization and defense of Ouro Preto carried out by Gustavo Barroso, as director of the National Historical Museum, between the decades of 1920 and 1930. Understanding these actions as part of a writing project of history which had the old capital of Minas Gerais as the main reference, seeks to identify the paths towards the city’s official recognition as a National Monument in 1933 and to know Barroso’s role in that process. After that, it studies the restorations of monuments of old Vila Rica carried out under Barroso’s responsibility, especially those performed through the National Monuments Inspection (IMN), which was a department of the MHN between 1934 and 1937. In addition to characterizing the regulations and the practices of this department, identifying the agents involved in its activities, questions its omission in the historical memory about the public policies of preservation of the heritage in Brazil.