Descrição
Com o presente artigo, pretendemos discutir o conceito de intertextualidade na transposição midiática da obra literária Frankenstein, publicada em 1818, de Mary Shelley, para série televisiva Penny Dreadful, que foi ao ar entre 2014 e 2016, reconhecendo a importância da leitura da obra original para ampliação da atribuição de sentido por parte do telespectador. Para tanto, através de revisão bibliográfica, revisitamos os conceitos referentes a intertextualidade e adaptação. Posteriormente, analisamos as produções em questão, de modo a comparar o enredo literário e sua versão televisiva (supracitada), demonstrando, assim o quão mais ampla é a experiência do telespectador que reconhece as referências intertextuais devido à leitura integral da obra de Shelley. Por meio desse reconhecimento, é possível pontuar que adaptações audiovisuais, antes de desvalorizar ou dispensar a versão literária na qual se baseiam, a promovem e a demandam, para que o leitor-telespectador possa abstrair o máximo de sentido em ambas as produções.