Descrição
O modernismo brasileiro não deveria ser visto apenas como um movimento cultural organizado e vivenciado nos limites do tempo e espaço já definidos. É preciso também examinar a inserção dos intelectuais na dinâmica da vida cotidiana no início deste século. São estas idéias que nos levam a estudar o modernismo no Rio de Janeiro focando um grupo de "humoristas intelectuais" que incluem escritores como Lima Barreto, Bastos Tigre, Emílio de Menezes, José do Patrocínio Filho, e caricaturistas como Raul Pederneiras, Kalixto, J. Carlos e Storn. Do fim do século dezenove até meados dos anos 1920 este grupo produziu uma série de reflexões sobre nacionalidade usando um tom sátiro e humorado. Se este espírito tem sido absorvido em nossa percepção diária de nacionalidade, não tem sido correspondentemente adotado como uma parte das nossas reflexões sobre modernismo.