Descrição
A memória é vista como performance, pois está em um contínuo processo de elaboração de materiais, captados como espectador, reprocessados, reelaborados e reapresentados como novo, alternando-se então, o aparente papel passivo do espectador. Este transforma-se em narrador, autor e performer dos mesmos materiais. Neste ensaio, são utilizados exemplos de como as performances culturais marcam a primeira infância, informando sobre o mundo ao apresentar a riqueza das tradições. É discutido o papel da imagem gráfica neste processo de leitura do mundo (microperformances), analisando-se alguns heróis em quadrinhos e o álbum Raças e Costumes do Mundo Inteiro. Os dois materiais veiculam também um processo de ensino sobre a hierarquia e os sistemas de divisão entre classes e continentes, dentro de uma visão eurocêntrica do mundo.