Descrição
Neste estudo será feita a análise de dois momentos significativos do filme Capitães da Areia (2011), de Cecília Amado, verificando também o livro homônimo de Jorge Amado. Por tratarem-se de duas obras de arte, fílmica e literária, a teoria aqui disposta tem fundamento na área da Intermidialidade.Ambas as cenas e sequências escolhidas, que abrem e fecham a película, se dão no mar, durante uma festa de Iemanjá, orixá feminino do candomblé, culto de matriz africana. Por tal fato, objetiva-se demonstrar a forte presença da religiosidade e de uma tríplice maternidade existente na obra fílmica em si e que envolvem seu processo de produção. Para tal, apresentar-se-ão recortes do filme e da obra, não apenas para demonstrar similitudes e diferenças, mas buscando investigar o processo de adaptação realizado e o que frutificara dele. Ao longo do trabalho, notar-se-á que a religião é algo que energiza, conduz e impulsiona a diretora e os Capitães da areia - através da figura de Iemanjá – além de alinhavar uma mesma figura materna: Iemanjá, Dora e Cecília.