Descrição
O artigo tem por objetivo desvelar a violência simbólica judaico-cristã contra a mulher que permeia as relações sociais, principalmente, no âmbito do ciberespaço. Do mesmo modo, busca-se averiguar em que medida a ideologia patriarcal que é sustentada pelo discurso religioso cristão permeia os votos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Por meio do estudo de precedentes do Tribunal Mineiro sobre a divulgação não consentida de imagem íntima se constatou um modo de funcionamento discursivo religioso em acórdão do Poder Judiciário. Isto é, o acórdão está precipuamente enquadrado na tipologia jurídica, mas o voto analisado trazia marcas do discurso religioso. Nunca é demais lembrar que o voto jurídico deveria ser lastreado pelo manto da laicidade.
