Descrição
Trata-se de uma resenha do livro de Marcos Alexandre Albuquerque, fruto de sua pesquisa de doutoramento no Programa de Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Em que pese a dificuldade de sintetizar os méritos da pesquisa, que são muitos, a obra conjuga de forma magistral temas da antropologia da arte, da antropologia histórica e da antropologia visual. Sua contribuição se dá, sobretudo, em discutir a problemática da presença indígena em contextos urbanos, bem como os estigmas e a invisibilidade conferida a essa população pela sociedade civil e o poder público. No caso em questão, a obra se debruça numa análise refinada acerca da "Dança dos Praiás" feitas pelos Pankararu na cidade de São Paulo e de como essa performance se apresenta como um projeto contra-hegemônico a superar as violências simbólicas que invisibilizam os Pankararu enquanto comunidade etnicamente diferenciada na capital paulista.