Descrição
O artigo analisa práticas feministasem rede, problematizando a naturezapolítica e comunicacional de iniciativasdesta ordem. Com foco em ações deprotagonismo juvenil brasileiras, tomapor lugar metodológico de indagaçãoa página do Facebook “Moça, você émachista”. Propõe que sua dimensãoestética e tecnológica é indissociável dasapropriações políticas juvenis operadasnestas ambiências digitais. Constata que“Moça” exerce seu ativismo em zonasde liminaridade: a crítica ao binômiode gênero, por meio de estratégiasirônicas de desconstrução do machismo,convive com a progressiva inclusãode problematizações “trans”, quandosugere que não é possível estabelecercategorias universalizantes do que é “sermulher”. Conclui-se que este exercíciofeminista dialoga, cada vez mais, comuma episteme “trans”, promovendoações políticas articuladas a um “quefazer”cotidiano e autoral. Assim, odebate que enseja é um exercícionarrativo e uma escuta de alteridadesde gênero, que parte do estigma para desestabilizá-lo.