Descrição
O presente artigo tem o objetivo de verificar como o emprego da estrutura logística das Forças Armadas (FA), em ações de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN), pode promover a potencialização da Base Industrial de Defesa (BID). Para isso, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais concentrando-se em trabalhos que abordassem temas que apresentassem a participação das FA brasileiras em ações de natureza DQBRN, com o enfoque na logística utilizada para o enfrentamento ao Covid-19. Foi possível verificar que a pandemia trouxe, além de problemas em diversas expressões do poder nacional, oportunidades para a indústria ao se valer das capacidades de flexibilidade, alcance e capilaridade das FA quando do emprego da sua logística para a produção e distribuição de itens destinados ao enfrentamento da ameaça do Covid-19. Para chegar a esta conclusão, buscou-se identificar como as FA adquiriram a expertise em DQBRN, qual o status atual da sua participação nas ações de enfrentamento à Covid-19 e qual o cenário prospectivo para os atores que atuam no desenvolvimento e produção de itens destinados à DQBRN. Restou claro que, mais do que refletir sobre esse tema, o Estado deve agir no sentido de que ações hostis que envolvam elementos DQBRN, naturais ou provocadas pelo homem, possam ser mitigadas com a resposta adequada e isso só será verdadeiramente possível com o incremento na Base Industrial de Defesa brasileira por meio da adesão da sociedade com a sua necessária influência na política, leis e economia.