Descrição
O presente texto possui como proposta explorar as relações entre som, imagem e espaço em processos artísticos realizados a partir do uso de tecnologias eletrônicas e computacionais. Partindo da concepção de aparelho na teoria do filósofo Vilém Flusser, observa-se o uso de diferentes tecnologias enquanto suportes que possibilitam a convergência do audível e do visível. O texto investiga como, em certos processos artísticos, as tecnologias eletrônicas foram fragmentadas e remontadas com intuito de criar máquinas que produzem percepções de espaço e tempo singulares. Neste contexto, o computador é observado como máquina multimídia capaz de produzir a convergência entre diversos meios e materiais, possibilitando a geração de espaços multidimensionais. Destaca-se, deste modo, que no século XXI a arte incorpora a tecnologia enquanto metalinguagem, evocando processos de singularização do imaginário.